Tenho tatuado em meu ombro a palavra : Acredito.
Acreditar para mim é ver a ponte, mesmo quando ela ainda não está lá! Alguns podem chamar de fé, mas gosto mais da palavra acredito. Acreditar para mim me parece algo construído por muito tombos, seguidos por uma força descomunal para mais uma vez levantar. Não importa quantos tombos eu tenha levado, mas continuo acreditando, simplesmente porque deixar de acreditar, não vai me impedir de cair, mas talvez me impeça de viver. Acredito sempre que tudo vai dar certo, mesmo quando ainda não sei como? acredito na palavra das pessoas, mesmo quando sinto medo dos esteriótipos sociais.
As ações seguidas da palavra será sempre o norte para a verdade e a verdade é um processo não um fato isolado.
Vamos a alguns exemplos sociais:
Um homem casado é sempre um filho da puta ao se envolver com outra mulher? Sim? Não? Ou existem variáveis? Um homem andando na rua sem camisa a noite é sempre um bandido? Sim, não, ou existem variáveis? E se existem variáveis quais são elas?
Para alguém que trabalha com a palavra, como eu, e que parto do princípio de que aquilo que me é dito não merece julgamento de verdade, mentira ou se está certo ou errado, simplesmente porque é como aquela pessoa se sente em relação ao fato, sou compelida a permanecer na palavra dita para não cair nos preconceitos pré estabelecidos. A palavra é o começo seguida das atitudes, isso é o real, o resto é lixo produzido pelo medo.
Só posso dizer que pela minha experiência, a variável de qualquer situação é a palavra dita pela pessoa que vive o fato, como ela se sente é o que importa, e depois o que ela faz com aquilo que sente e disse, ou seja, pelas as atitudes tomadas. Aliás Atitude é a minha segunda palavra favorita.
Mas, continuemos.... A palavra individual é a linha divisória entre o estereótipo social e a vivência pessoal que quebra o preconceito, e somente quem vive tem o direito de dizer: Se o homem sem camisa que encontrou na rua era um bandido ou mesmo se o homem casado é um filho da puta?
Para tanto é preciso constantemente derrubar os próprios preconceitos de preservação do medo. Não é fácil, mas é possível quando se consegue ficar na palavra e não na ideia da situação.
A palavra dita seguida das ações é o que é real, o resto é lixo produzido pelo medo. A palavra não dita, torna-se maldita. Portanto, mesmo com medo a única chance que se tem de seguir acreditando é falando o que se quer, como se quer e do que se tem medo, e a palavra assim será confirmada ou não pelas ações.
Já o silêncio é amigo da descrença, da desconfiança e do preconceito!
Falar, ao contrário do que muitos dizem, não te coloca vulnerável, não te fragiliza. Falar é coisa para os fortes que seguem acreditando, enquanto o silêncio serve as manipulações e te amarram aos preconceitos sociais.
Acredito e por isso falo! Acredito e por isso escuto a palavra dita! Acredito e por isso vivo, mesmo que as vezes eu caia, ainda assim é melhor cair do que não viver! Sigo acreditando e você?
Por Paula Dutra
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